A hepatite C é uma doença transmitida pelo vírus C e acomete 71 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, estima-se que 1,5 milhão de brasileiros tenham essa doença e não sabem.
Grande parte dos pacientes apresentam lesões graves no fígado, a cirrose, mas além dos danos hepáticos, a doença pode causar depressão e diabetes e estudos mostram que ela aumenta o risco de infartos e doenças cardíacas.
Pacientes infectados pelo vírus C por mais de seis meses, comum em cerca de 80% dos casos, podem evoluir para a forma crônica e sofrer de cirrose hepática e câncer de fígado.
Transmissão
As formas de transmissão da hepatite C são transfusão de sangue, compartilhamento de seringas e agulhas para uso de drogas, assim como lâminas de barbear, depilar, alicates de unha e objetos cortantes em geral, além de tatuagens e colocação de piercings.
O vírus C também pode ser transmitido de mãe para filho durante a gestação, mas o risco de contaminação é de apenas 6%. Outra forma possível é durante a relação sexual desprotegida.
Sintomas
A Hepatite C é tida como uma doença silenciosa, pois nem sempre os sintomas são percebidos.
Os sintomas mais comuns são cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Queixas gastrointestinais, perda de apetite, intolerância ao álcool e dores na região do fígado também são sinais de alerta.
Como não são claros, os sintomas da hepatite C podem ser confundidos com uma gripe, sendo que o portador crônico do vírus C pode não apresentar nenhum quadro anormal, mas estar com uma cirrose ou cancro hepático.
Por isso, é importante manter a frequência de exames de rotina que podem detectar não só a hepatite do tipo C, mas também os tipos A e a B. O diagnóstico precoce também favorece a eficácia no tratamento.
Tratamento
Tratamento
O tratamento da hepatite C depende do tipo do vírus (genótipo) e do comprometimento do fígado (fibrose). Para isso, é necessária a realização de exames específicos, como biópsia hepática nos pacientes sem evidências clínicas de cirrose e exames de biologia molecular.
Prevenção
Não há vacina contra a Hepatite C. A melhor forma de prevenir a doença é evitando compartilhar com outras pessoas seringas, agulhas, objetos cortantes e de uso pessoal, além de manter relações sexuais sem preservativos.
Mulheres grávidas precisam fazer, no pré-natal, exames para detectar as hepatites B e C, AIDS e a sífilis, para evitar a transmissão de mãe para filho. Caso os exames deem positivo, é preciso seguir recomendações médicas sobre o tipo de parto e amamentação, pois fissuras no seio da mãe pode permitir a passagem de sangue.
Diagnóstico
O teste para diagnóstico de hepatite C pode ser realizado em qualquer posto de saúde do país. É obtido por meio da análise de uma gota de sangue extraída de uma picada na ponta do dedo.
Fonte: gndi.com.br